Toda saudade é um silêncio Que vem do campo com calma Na transparência comum De quem escuta sua alma E aquilo que vem do centro Das emoções construídas Que fazem parte de tudo Por isso, precisam vida Todo silêncio é uma ausência Quando faz falta um assobio Que vaga no céu inteiro E não preenche o vazio É a simples falta de um grilo Quando o galpão silencia Quando o mate bebe a água De um claro resto de dia Toda saudade é bem vinda Quando se chega em visita É um, dois mates, se vai Pra mais, é dor e desdita Mas, quando pede pousada E desencilha seu pingo É pra tirar mais de mês Sem afrouxar um domingo Todo silêncio é uma prece Pedindo, de mãos bem juntas Que toda saudade explique Ou não me faças perguntas Que ainda não há respostas Pra algumas coisas da gente Seja da alma ou do corpo Mas vive em nós simplesmente Toda saudade é um silêncio Quando se cala por nada E se vê que tantos sonhos Pegaram o rumo da estrada Por isso que ando cantando Algumas coisas perdidas Que encontrei no caminho Por onde cruzei com a vida Toda saudade é bem vinda Quando se chega em visita É um, dois mates, se vai Pra mais, é dor e desdita Mas, quando pede pousada E desencilha seu pingo É pra tirar mais de mês Sem afrouxar um domingo É pra tirar mais de mês Sem afrouxar um domingo