Nasceu pra contador da velha história Que o tempo dividiu em mais de duas De andar vagando os céus, tropeando luas E bebedor nativo das memórias Remanso em cada canto onde se ajoelha Desde o sem fim à imensidão de sóis Que vem beber na sanga dos heróis Que a flor da terra tinge de vermelha E vem beber na sanga dos heróis Que a flor da terra tinge de vermelha Há um repicar de sinos missioneiros Num sonho triste transformado em ausência E a mágoa antiga que já foi querência No repicar dos bombos bagualeiros Xirú vaqueano de tropeada e domas Sem passaporte pra bandear fronteiras E o rio da história que hermanou bandeiras Na sina eterna de trançar idiomas E o rio da história que hermanou bandeiras Na sina eterna de trançar idiomas Índios e tigres por matança e balas Ecos de um grito, sapucay que sai Da flor das águas transportando falas Do canto xucro do Tupã Uruguai Caminho dos chibeiros, contrabando Nascidos dos dois lados que têm flores Leva nas águas a mágoa dos sem nome Na espoliação até não sabe quando Leva nas águas a mágoa dos sem nome Na espoliação até não sabe quando Há um repicar de sinos missioneiros Num sonho triste transformado em ausência E a mágoa antiga que já foi querência No retumbar dos bombos bagualeiros Índios e tigres por matança e balas Ecos de um grito, sapucay que sai Da flor das águas transportando falas Do canto xucro do Tupã Uruguai Da flor das águas transportando falas Do canto xucro do Tupã Uruguai Da flor das águas transportando falas Do canto xucro do Tupã Uruguai