Tom: B G#m G#° Eb7 G#m G#m/Gb E7 Eb7 G#m Ab7 Dbm G#m As vezes pego a guitarra pra contrariar a quietude Eb7 G#m E as mãos campeiras e rudes vem se fazer de cigarras G#7 Dbm G#m E alma solta as amarras que a solidão traz consigo Eb7 G#m G#7 O peito encontra um abrigo numa milonga de essência Dbm B Eb7 Abm E a própria voz da querência começa a prosear comigo Eb7 Há uma magia pampeana quando a milonga aparece G#m Mescla de pranto e de prece na liturgia aragana G#7 Dbm G#m Milonga lua orelhana que guarda a paz dos confins Eb7 G#m G#7 Ressuscitando os clarins que se calaram tristonhos Dbm B Eb7 Abm Encontra os medos e os sonhos que estão perdidos em mim Eb7 Já não me sinto sozinho quando a milonga desgarra G#m Pois se humaniza a guitarra que me acompanha aos caminhos Eb7 G#m Somos dois eu e este pinho companheiros das noites longas Eb7 Minha ilusão se prolonga ao constatar que o bordão G#m Na verdade é um coração pulsando dentre a milonga G#7 Dbm G#m Lembro as perguntas que eu fiz porque tanto imediatismo Eb7 G#m Falsos tchês estrangeirismo desprovidos de raiz G#7 Dbm G#m Mas a milonga me diz sempre a caranchos parceiros Eb7 G#m G#7 Rondando a paz dos potreiros já desde o tempos de antanho Dbm B Eb7 Abm Mas quem tem campo e rebanho madruga sempre primeiro Eb7 G#m Milonga velha rainha das minhas noites de sono Eb7 G#m Esta guitarra é teu trono onde a saudade se aninha G#7 Dbm G#m O meu verso te amadrinha no galpão da plenitude Eb7 G#m G#7 Sinto sede és meu açude e é por isso que com garra Dbm B Eb7 Abm As vezes pego a guitarra pra contrariar a quietude