Tapeio o chapéu pra trás e o olhar busca distância Se o mundo tem arrogâncias, lhe encho de sofrenaços Só paro onde sobra espaço, mas, se o caminho me atrai Nem pergunto pra onde vai, meu rumo, eu mesmo que faço O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país Não tenho morada certa, pois quem para cria limo Se a China me faz mimo, recebe eitos de amor Ninguém me deve favor, pois uma mão lava a outra Ando ajojado na potra, seja lá pra onde eu for O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país Gosto de viver de changa, serviço sempre me sobra À espinha, ninguém me dobra, pois não tenho dobradiça E também não sou linguiça pra viver de pendurado Por isso, não compro a fiado, quem não pode, não cobiça O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país Eu nem sei se sou feliz, e também não me interessa Que não corre, não tropeça, mas sempre chega atrasado E, como diz o ditado, boi lerdo bebe água suja Tomo sopa de coruja quando me encontro enfastiado O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país