Rédeas, cordas de guitarra, bocal sovado de rima Ninguém me tira de cima depois que sento nas garras Talvez, por isso, na andada desta vida de ginete Eu nunca perdi o cacoete de andar pedindo bolada Sem jamais levar um tombo, o instinto me governa E, depois que cruzo a perna, ninguém me arranca do lombo De em pêlo, então, eu me agrando e, antes que o mal aconteça Sento o mango na cabeça, derrubo e saio passeando O tigre que esconde o toso, comigo, não leva lucro É xucro toureando xucro no mesmo anseio tinhoso Se me ataco das venetas, tiro baldas de pavenas Escrevendo com as chilenas das virilhas às paletas Gosto de dar de chapéu no aporreado que berra Pra ficar longe da terra e estar mais perto do céu Corcoveando campo fora, se o urco figura um tango Eu me equilibro c'o mango e me agarro com as espora Gineteada não é doma, redomão meu não esbarra Eu gineteio por farra, sem pretensão nem diploma Se o quebra finca a gadelha, eu tenho por devoção Sair de rédeas na mão depois de pisar na orelha Sem jamais levar um tombo, o instinto me governa E, depois que cruzo a perna, ninguém, ninguém me arranca do lombo De em pêlo, então, eu me agrando e, antes que o mal aconteça Sento o mango na cabeça, derrubo e saio passeando Sento o mango na cabeça, derrubo, derrubo e saio passeando