Luiz Marenco

Alma Pampa

Luiz Marenco


Tom: C


Intr.: Am E7 Am E7 Am

             F     E7                       Am
Quem te batizou milonga, decerto foi algum monge
                      C    Dm                 E7  Dm
Que escutou de muito longe o teu murmúrio de sanga
                      E7                      Am
Ou quem sabe alguma changa, dormideira nos arreios
Dm                   C     E7               Am
Dessas que fazem ponteios com unhas de japecanga
Dm          G7       C F   E7               Am  E7
Dessas que fazem ponteios com unhas de japecanga


                       Am E7              Am
Ou quem sabe algum sorsal, de topete colorado
                    Dm       E7            Am
Num prelúdio abarbarado das canas do taquaral
    Dm                  C         E7          Am
Talvez quem sabe um bagual corcoveando num repecho
Dm                       C     E7                 Am
Floreando as cordas do queixo nas pontas do pastiçal


             F     E7                     Am
Brasileira, castelhana, milonga ronco de mate
                  E7   Dm C     E7       Am
Tu nasceste do embate da velha saga pampeana
                E7                      Am
Espanhola, lusitana, entre patriadas e domas
                     E7    Dm  C       E7       Am
Sem divisas, sem diplomas, cursando o mesmo dialeto
                      F           Dm6      Am
Porque o vento analfabeto fala em todos idiomas


Int.

              F     E7                         Am
Quem sabe talvez a lança, riscando a primeira linha
                      C            Dm         E7
Quando a adaga se embainha, cadenciava uma romanza
Dm                E7                         Am   Dm
Ou talvez a vaca mansa, dentro da várzea perdida
                    C     E7                 Am
Na ternura enrouquecida, feito instinto e lamento
Dm    G7           C  F  E7               Am  E7
Anunciando o nascimento da cria recém lambida


                          Am  E7                 Am
Por isso em qualquer fronteira, no esboço da lonjura
                    Dm      E7               Am
És a mais linda mistura da nobre estirpe campeira
   Dm            C      E7               Am
Fidalga e aventureira, com geografia na cara
 Dm             C          E7          Am
Passaporte tapejara, no caminho dos andejos
 Dm             C             E7          Am
Reculutando solfejos que uma linha não separa


             F     E7                           Am
Alma de pampa e semente que nasceu nos dois costados
                   E7     Dm    C     E7    Am
Herança dos mal domados que formaram nossa gente
                  E7                     Am
O passado e o presente e o futuro dimensionas
                     E7    Dm    C      E7   Am
Nas primas e nas bordonas do garrão do continente
      Dm      G7     C F        Dm6     E7   Am
Nas primas e nas bordonas do garrão do continente
      Dm      G7     C F        Dm6     E7   Am
Nas primas e nas bordonas do garrão do continente