Foi quando o peso da tropa ganhou o lançante do fundo O Mariano deixou a culatra, chamou na espora o lobuno Foi assustando o costado até que atirou a ponta Bem sobre o passo das lontras, que é o mais seguro do mundo Ficou na beira da chirca vendo os cascos bater n'água Pra depois, repecho a riba, e acalmar a tropa molhada Que manobra de valor, se ele não salta no pulo Se vinha o mundo de culo e ganhava o mato a boiada Tem tropa que remancheia pra deixar suas invernadas Seu parador, sua aguada, o boi, pra ficar, tenteia Do que sabia os olhares, os jeitos e os caprichos Força de campo e respeito ao sentimento dos bichos Numa quadra desta vida, me tocou o teu costado Os tempos de bandear gado nas costas do Cacequi Alma antiga de guri, amigo Sid Mariano, Sid Mariano Aqui ou em qualquer plano, sigo cantando pra ti Alma antiga de guri, amigo Sid Mariano Aqui ou em qualquer plano, sigo cantando pra ti Pra o tino, não há escola, nem tão pouco, professor Aquele que canta a flor, canta porque tem sustância Que, pra tocar uma estância, não carece ser doutor Amigo Sid Mariano, sigo cantando pra ti