O ronco simples de um mate Na sombra de um paraíso Semblante triste do aviso Que ronda o ciclo que encerra Do vento mesclado na terra Num janeiro de mormaço Resseca os tentos do laço Deixando ao campo quem berra O pingo Mouro da encilha Não ringe mais Paysandú As botas de couro crú Não garroneiam prateadas O pensamento, na estrada Não tem caminho nem fim E as rugas pealadas em mim São tombos na invernada A linda pegou a estrada Pros pagos beirando o céu Ficando um gosto de véu Que amarga junto a cambona Um silenciar de cordeona Com poeira na baixaria E o tranco largo dos dias suando junto à carona O braço perde sua força Pois nem a cruz a levanta Do dia em que o Sol descamba não'algum rumar balconeiro Parece que o corpo inteiro Já castigado de andanças Escolhe o tipo da trança Pra um cabrestear estradeiro É a vida que se arremata Na calma que ronda as casas É como água nas brasas Que leva a alma a lo-léu Ficando só um chapéu Cobrindo a quina da porta E uma certeza já morta Bombeando um rancho do céu