Andei passeando no teu sorriso E me esqueci de voltar Perdi o rumo na estrada Por me guiar nesse olhar Quem sabe um dia eu veja O que o olhar não entende E descubra do meu jeito Porque teu riso me prende Meus olhos, claras vertentes Das coisas que a alma reflete Basta um silêncio de noites Que a saudade se repete E faz brotar lentamente Tristezas que a gente tem Mesmo guardadas por dentro Se mosram qundo convém Às vezes o sal dos olhos se a saudade não é pouca Nos mostra um gosto amargo Salgando o doce da boca Às vezes o sal dos olhos É uma lágrima sentida Que nos desce pela face Por uma fresta da vida Não sei porque esse jeito Essa lágrima no rosto Se por um sorriso, apenas A boca adoça seu gosto E tudo muda a seu tempo Desfaz-se o que era triste Silêncio, depois palavras E uma alegria que insiste Mesmo sem saber os rumos Que os olhos hão de me dar Quero teu riso de perto Pra aprender a voltar E depois saber da vida Porque os meus olhos têm Essa lágrima sentida Pela saudade de alguém