Querência é parte de mim Uma alusão ao que faço Jeito de andar por aí Jeito de lá, não daqui E tudo que eu sei de lá Levo comigo aqui Quando as guitarras se alçam Estremecendo as madeiras Uma querência inteira Transborda da minha garganta Ruflos de mata e de fatos Refregas de japecanga Tem um feitiço no mate É um jujo, troxe de lá Não te assusta meu parceiro É coisa pra melhorar Esta saudade que tenho Custosa de amanunciar Então cultuo um silêncio Com o permisso da ilusão É quando cultivo a visão Com imagens da querência Trago a saudade pros olhos Regalo a clarividência O entardecer dos cercados O amanhecer das mangueiras A silhueta dos arados As profecias tropeiras Tudo, enfim, é resguardado Na intenção de querência Querência é parte de mim Inseparável relato Timbre de vento e capim Geografia dos meus atos A alma ficou assim Tisna de campo e de mato