Um zaino negro de pechar num touro Bem na paleta e de cruzar por cima E cabresteando no costado um mouro Mais agarrado do que amor de prima O zaino é manso do andar das chinas O mouro é quebra e só respeita o dono Mas são dois cuscos sacudindo as crinas Que até nem dormem pra cuidar meu sono O mouro é um tigre de escorar num upa Até um turuno num aperto bravo De levantar um rancho na garupa De manotear se for preciso o diabo Não tenho pressa por que sei que chego Ao fim da estrada de gaúcho touro De dia ao trote no meu zaino negro De noite ao tranco no meu pingo mouro