Tropa entregue trote largo, retorno hoje a querência Vou ruminando ausência que pastejei nos caminhos E essa ânsia de carinhos numa carência baguala Que aos tropeiros embuçala quando andejam sozinhos Meu flete trocando orelhas, sonorizando esporas Como uma dança das horas de cascos ferindo pastos E este rangido de bastos se completa em melodias Na gaita das sesmarias, por onde deixo os meus rastros Que lindo ver a querência, cada serro, cada aguada Pra quem cruzou madrugadas nas rondas sonhando vê-las Vem uma lágrima sinuela ponteando a felicidade De quem viveu na saudade entre a pampa e as estrelas No oitão do rancho a china, sangrando noites de espera Num riso de primavera reflorescendo faceira É uma flor de corticeira da minha pampa bravia Que ficou contando os dias, mirando a luz da boieira