Um chapéu desabado De água, barro, tempo feio Me aperta os tentos do barbicacho Varando o passo num Paysandú A tropa segue galopeada Com os burro n'água, bandeando o rio Com frio no lombo, encarangando Coisa de loco, nunca se viu Peonada, é coisa braba Nada de poncho, trocando orelha Ressabiando queixo de potro Com o gado gordo bufando as ventas Peonada, é coisa braba Nada de poncho e trocando orelha Ressabiando queixo de potro Com o gado gordo bufando as ventas O cusco sempre na volta Tenteando a boia, sobra de fiambre Pão com matambre, batata doce E um chibo bueno pro tira gosto Um pingo manso de rédea Me balda a sesta bocando o pasto Batendo casco de contraponto Pedindo toso pras campereadas Peonada, sempre que eu posso Arranjo uns troço pra me entreter Encosto a cambona ao fogo E um mate novo vem me aquecer Peonada, sempre que eu posso Arranjo uns troço pra me entreter Encosto a cambona ao fogo E um mate novo vem me aquecer Qualquer sinuelo, onde se apartam as reses Às vezes, rondando a tropa, vida volta parar rodeio Qualquer sinuelo, onde se apartam as reses Às vezes, rondando a tropa, a vida volta parar rodeio Às vezes, rondando a tropa, a vida volta parar rodeio Às vezes, rondando a tropa, a vida volta parar rodeio