Na charla dos milongueiros, contraponteando o silêncio Eu sempre digo o que penso quando o violão me golpeia E me garanto por terra, cantando as coisas do campo Sem molestar o quebranto de um bordoneio queixoso Aqueles do olhar lacrimoso quando voltamos pra dentro Campereando, vou Campereando, vou Vou eu a cavalo, encurtando o pago Campeador Guardo, nas léguas dos olhos, remorsos nunca esquecidos Um catre bueno, curtido, pra os dias que não enfreno Tropilhas do mesmo pêlo, parceiras das invernadas Quando amadrinho quarteadas no pampa do meu estado E um coração solidário velando a luz dos luzeiros Campereando, vou Campereando, vou Vou eu a cavalo, encurtando o pago Campeador Sabe, Comadre Milonga, fulana nem sei das quantas Sempre que um sonho se planta, tenho com quem conversar Ando de laço atorado, marcado pelo meu jeito Quando a dor abre o peito e o vento nada responde Talvez, buscando horizontes, eu mude a cara do tempo Campereando, vou Campereando, vou Vou eu a cavalo, encurtando o pago Campeador Campereando, vou Campereando, vou Vou eu a cavalo, encurtando o pago Campeador