Campeiro de fato saía pechando um brasino por conta Na costa do mato encurtava distância com a rês n'outra ponta Na força do braço estendendo a trança se armava o destino Cinchava no laço deixava a presilha mandar no brasino Faz tempo trouxeram o velho parceiro de lida da estância Que ao passo dos anos buscava comigo nos campos do fundo Erguendo no bronze pros olhos do povo que lira a distancia Deixaram solito um gaúcho de a pé buscando o seu mundo Se um dia erguesse até mesmo de barro uma outra imagem Trouxesse a querencia, o cusco e o cavalo de laço nos tentos Um largo sombreiro pra o sol veraneiro clareando a paisagem E um poncho pra o dia que tapa invernia do agosto com vento Do lombo do mouro quadrava o corpo do trono do arreio Do golpe do estouro trocava de ponta um boi no rodeio Mas cuida do pago na boca da grota não arma um pealo Lamento que eu trago se um malo dispara lhe falta o cavalo Faz tempo um brasino de sina torena tenteando a picada Negou-se da tropa firmando galope cruzando fiador E o rumo da trança que tras num galope ganhou a invernada E por bem montado num tiro certeiro se fez laçador É cria do campo benzido na hora em que apeava a garoa Na hora da encilha bem quando a querencia prendia-lhe o grito Talvez por saudade bombeia a cidade que o tempo encordoa Tentando entender porque lhe trouxeram do campo solito Se um dia erguesse até mesmo de barro uma outra imagem Trouxesse a querencia, o cusco e o cavalo de laço nos tentos Um largo sombreiro pra o sol veraneiro clareando a paisagem E um poncho pra o dia que tapa invernia do agosto com vento Campeiro de fato saía pechando o brasino por conta...