Estenderam suas distâncias Pelos cascos dos cavalos Rangindo basto e carona Sem sinuelo pra guiá-los Pra, depois, num fim de tarde Nas desencilhas do mate Refazer as campereadas Reafirmando esse embate De trazer poncho emalado Baios de tiro pra lida E uma esperança no arreio Pra algum aperto da vida Vai mais de légua no lombo Desta gateada ruana Inverno depois de inverno Gastando estrivo e badana Nessas estradas de tempo Onde a poeira engana os olho O arame dos corredores Separa a sombra dos molhos Como fosse permitido Adonar-se da querência Ou das coisas mais sentidas Que trazem campo na essência Gujo véio, lá do rincão das cordilheira Diz um verso, tu que nunca fala nada Pela porteira da frente Onde se chegam e se vão Os olhos desses campeiros Se perderam na amplidão Confundindo os velhos rastros C'o as cicatrizes do chão Ah! Loco véio Vai que tu tá lindo! Quem sabe, por estradeiros Esses olhos não têm dona E desencilham tão fácil Onde chia uma cambona Tenteando encontrar os rastros Destes galpões de guarida E alcançar, bem cevado Um mate pra impor a lida Porque, depois das distâncias Me encontrei com a fronteira Bancando as rédeas do pingo Pra apeiar na porteira Bancando as rédeas do pingo Pra apeiar na porteira