Tirou do peito o peso na cachaça E o tira-gosto pra suar a língua Cantou proveito até rachar os bico Tirou vantagem que era sexta-feira E levantou a pedra feito um rato Alimentou, cansado, o mesmo vício Atravessou na cola de um caminhão Meio-fio feito passarela de baile O descarrego todo na beira do chão Coração pulsando feito mola E o risco do colapso nas mão fechada Na Praça 7, é corre de avião Na da Rodoviária, vira crente Na Feira Hippie é só caldo de cana Na passeata, paga de turista No Oiapoque, arranja uma pechincha E sábado de Praia é papo manso Mas reconhece e sabe que não anda bem Fim de semana o trampo adentra a madrugada Passa papel pros boy, rebenta vidro às vêis Faz de conta que mata um leão Quando mata três A gíria dele é treta da pesada Desde moleque é rabo atrás de bicho Adrenalina assim abrilhantada Caiu na rua cedo, muito esperto Virou figura fácil na ciranda E a redondeza sabe: é vida-loka Cresceu o necessário pra se defender Velocidade típica de peso-pena Encruzilhada tanta trespassou sem ver O coração voando feito bala E o risco do vacilo na beira de tudo E, feito homem, nem se apercebeu Que tantas vezes roto até no talo Girava o mundo assim, sem mais nem menos Dia de Exu, mandaram fazer pacto E a vizinhança, na boca pequena Cantou o nome dele na lista dos cana E na repetição, carocha de terror Pra boi dormir, nem teve história pro jornal Plantaram sem pudor, na tralha do rapaz Material diverso de mutreta Vacilo armado pra tomar porrada Na hora do sacode não sobrou tostão A viatura veio quente, não quis nem conversa Foi covardia feia, cinco contra um E é menos um na rua da amargura Que vagabundo assim pra nada presta De vagabundo assim alguém se lembra? De vagabundo assim