Olho pro alto e não vejo O milagre, o fim do ano Espero a lágrima imensa que lave O desengano das mães Dos muleks que morrem Todos os anos E sua dor verdadeira que nos perfurará Na velocidade de um míssil Olho pra frente e desejo Que esse sinal fechado Se abra em um milhão de cores & nomes & abracadabras na boca de um índio ciborgue de outro planeta Que com sua voz violeta nos ensinará O grande mistério do óbvio Olho pro lado e não vejo Meu brother do meu lado Fico de cara lavada, calado E feito fera virada do avesso Me reconheço a mim E tudo mais que mereço se aproximará Todas as luzes do mundo Olho pro lado e percebo A cidade, o fim do mundo Olho pro alto, será que é milagre? A caravela mais velha da terra Terá lugar ao Sol Sobrevivendo ao naufrágio & a toda escuridão Inaugurando uma era