Cachorro que é cotó Não atravessa pinguela Não é padrão de beleza Essas mocinhas magrelas Cantador que fala muito Na boca ponho tramela Quem na vida tem bagagem Sai de letra da esparrela Quem já pisou em espinho Hoje anda com cautela Pra montar em burro chucro Eu não preciso de sela Em violeiro que insulta Eu bato é de fivela Se parar na minha frente Meu pagode atropela Minha rima é cativa Canto solto na banguela Meus versos batem pesado No lombo deixa sequela Quem come peito de frango Não encara a moela Cantador que não é forte Chega tremer as canelas Ninguém faz fama sozinho Sem doar sua parcela Malandro entra pela porta E foge pela janela No meio de uma trucada A porca aperta a arruela Quem sai com o zape seco O truco engasga na goela