Tio Simão benzia tudo De ruim que possa existir Nó na tripa, mal olhado Vivia para servir Benzia porque sabia Não cobrava nem um real Fazia cruz de sal grosso Pra o lado do temporal As nuvens se retorciam De medo do Tio Simão Evocava em altos brados Fervoroso cantochão Coriscos deixavam riscos Num negrume assustador Machado relampejava Pela mão do benzedor Por isso, quando troveja Ensurdecendo o rincão Se ouvem muitos pedidos Ao velho preto Simão