Vem nesta gaita que me acompanha Todas as manhas do meu querer E dentro dela vida se acende Trago el duende del chamamé Sou brasileiro mas minha sina É correntina tal qual Corto as fronteiras indeferidas Gastando a vida num chamamé Sei que as divisas E seus matizes São cicatrizes Que a pampa tem Porém meu tino De gado alçado Só deste lado Não se contém Quem traz el duende junto consigo Sabe o que digo e é bem assim Quando em silêncio a vida emociona Minha cordeona fala por mim Eu sou mesclado de rio e gente E nas enchentes o povo crê Que no meu leito largo e profundo Encharco o mundo de chamamé Se sobre as águas meu olhar voa Numa canoa rasgo o Uruguai E o sangue índio chamameceiro Se esvai inteiro num sapucaí E nem covida duende en Argentina Mario Medina e Saqueo Esquevena Pompamarola e Tagarros Rós E Ernesto Montieri Vem nesta gaita Vem na guitarra Toda esta garra Pra quem me vê E esta la marra No me surprende Que trago el duende Del chamamé Quem traz el duende junto consigo Sabe o que digo e é bem assim Quando em silêncio a vida emociona Minha cordeona fala por mim Eu sou mesclado de rio e gente E nas enchentes o povo crê Que no meu leito largo e profundo Encharco o mundo de chamamé