Eu estava trabalhando Fazendo o que mais gostava Montado no meu cavalo Um lote de boi tocava Subindo invernada a cima Nada de mal eu pensava Não pensava que o destino Algo pra mim preparava Cheguando em cima da serra Apiei do alazão Recolhi o gado no pasto Fechei de novo o portão Virei para trás a galope Tava comprida a missão O sol já ia escondendo Deixando sombra no chão Já estava escurecendo Quando eu cheguei na varanda Terminei o meu serviço Despedi de quem comanda Precisando de amigos Sozinho o carro não anda Fiz as minhas orações Como a lei divina manda Bem cedo eu já fui dormir Pra acordar de madrugada As tres horas da manhã Era tempo de gelada Mas quem tem obrigação Tem que enfrentar a parada Tirar 100 litros de leite Entregar na hora marcada Os galos cantavam tristes No romper da madrugada Parecia um aviso O canto da passaradea O destino é traiçoeiro Prega uma peça na gente Alguem veio me dizer Seu pai tá muito doente Aquela noticia triste Quase não acreditei Se ele tinha morrido Sem querer eu perguntei Quando eu sai de lá o seu pai vivo eu deixei Para mim foi um grande alivio Nessa hora eu me acalmei Seu irmão vinha de muito longe Na sua situação O carro perdeu o freio Não teve outra solução Subiu pro barranco asima Caiu pranchado no chão Não ficou ninguém ferido Porque deus pois sua mão Não inventei essa história É um caso acontecido Ainda encontrei meu pai E a familha reunida As palavras que ele disse De consolo me nutriu Deu o ultimo suspiro E pra junto de deus subiu Meu pai partiu para sempre Mais a vida continua Quem faz o bem nessa terra Lá no céu também atua Meu pai hoje esta morando Bem lá por cima da lua Com sertesa deus lhe disse Pode entrar que a casa é sua