Um lugar vazio Na plateia o frio De um personagem meu, serei eu? Um olhar capaz De esconder a paz De um próprio acordar, devagar. Um espectador atento de um filme muito lento Que se repete mas não tem um fim. Ou um duplo de cinema que incorpora qualquer cena Que habilmente ri mas quer chorar. Não sei se sou eu Se sou real Um plágio ou o original. Não sei se sou eu, se sou assim Um plágio de mim. Um drama fiel Para um tal papel De um invulgar ator, sem amor. Um corte que tenho Arde outro alguém De um sopro anormal, afinal. Um espectador atento de um filme muito lento Que se repete mas não tem um fim. Ou um duplo de cinema que incorpora qualquer cena Que habilmente ri mas quer chorar. Não sei se sou eu Se sou real Um plágio ou o original. Não sei se sou eu, se sou assim Um plágio de mim. Não sei se sou eu, se sou real Se sou acaso ocasional Se sou banido ou sou banal. Não sei se sou eu, se sou assim Se sou um simples arlequim Se sou quem quero que não quero Ou o que querem de mim. O que quero… O que quero… O que querem de mim.