Uma chave um segredo na mão Ninguém viu pra onde você saiu Contra-luz no último andar Eu te vejo improvisar uma valsa lenta no colchão Você mora bem de frente pra mim Mais perto das nuvens do que no chão Sem terraço ou vista pro céu Só concreto e solidão Num pedaço de papel Seu olhar de constelação Cai como estrelas cadentes no chão Sem pensar, te pego pela mão Deixa passar seu segredo em mim Atravesso a rua pra te encontrar Mas nenhuma luz acesa ficou Você foi o último a ir Só não sei como evitar Uma valsa antes de dormir Eu não moro mais aqui