O rio que corre leva na correnteza Toda água que se ajunta Desde o morro ao grotão E quando chega à várzea faz represa Fica pedra, fica folha, fica o barro do chão E no caminho até o arraial vizinho O volume das águas faz o povo pensar Que de repente pode ser verdade O boato de que um dia o dilúvio virá É a visão, o esplendor Do poder criador E assim tão certo como noite após dia Terra seca sem raiz Chuva grande vai levar Pois é sandice mexer com a força do rio Sem saber bem ao certo aonde vai dar E quando chove, escorre a água pelas pedras Leva o morro, leva a serra, tudo vem despencar Fica provado que o homem retrocede Quando fere a natureza que faz tudo girar Maldição que forjou Do poder invasor E quando chove, escorre a água pelas pedras Leva o morro, leva a serra, tudo vem despencar Fica provado que o homem retrocede Quando fere a natureza que faz tudo girar Maldição que forjou Do poder invasor