Nem as folhas do pinheiro Nem as velas do veleiro Nem as roupas se agitaram Vento forte não soprou Ondas cheias de poesia Burburinho e calmaria Como nuvens se espalharam E de acalmar quase parou Pelas bocas das janelas E das portas entreabertas Por buracos, fechadas De fininho e sem bater Entro leve escorridia Flutuou, não fez folia E coberta de magia Não se fez deixar-se ver Deslizou sobre o piano Tão macia quanto espuma Flutuou como uma pluma Feito bola de sabão Trouxe o sonho das estrelas Num voar de borboletas E a lua companheira Amarada num cordão Brisa da manhã Rainha do mar Sopre um vento lento Faça ele girar Leve como um sonho E frouxo pelo ar Brisa da manhã Rainha do mar Sopre bem macio Venha acalmar Minhas madrugadas Venha perfumar