Dar a mão é gesto nobre, e saber É dar afago a si, e não se afogar Rodopio aqui dentro, virou passo repetido Valsa torta,um pra lá, um pra cá O segredo é lacre de não romper Sentir com os olhos é adivinhar Delicadamente e com detalhes O avesso da valsa que sou Dar um salto e ver além do que vê É descobrir-se vivo, e ficar sem ar Abrir portas e janelas, fechaduras e tramelas Dar a volta, e volta e meia se achar Há quem diga que o limite é céu Que o infinito não cabe no ter Dedicadamente e com vontade Descobre-se assim, em um fim de tarde Infinito, somos eu e você