Mundo velho esta perdido Já não endireita mais Os filhos de hoje em dia Já não obedecem aos pais É o começo do fim Já estou vendo os sinais Metade da mocidade Estão virando marginais É um bando de serpente Os mocinhos vão "na" frente As mocinhas vão atrás Pobre Pai e pobre Mãe Morrendo de trabalhar Deixa o couro no serviço Pra fazer filho estudar Compra carro a prestação Para os filhos passear Os filhos vivem rodando Fazendo pneus cantar Ouvi um filho dizer O meu Pai tem que gemer Não mandei ninguém casar O filho parece Rei Filha parece Rainha Eles que mandam na casa E ninguém tira farinha Manda a Mãe calar a boca Coitada fica quietinha O Pai é um zero a esquerda É um trem fora da linha Cantando agora eu falo Terreiro que não tem galo Quem canta é frango e franguinha Pra ver a filha formada Um grande amigo meu O pão que o diabo amassou O pobre homem comeu Quando a filha se formou Foi só desgosto que deu Ela disse assim pro pai Quem vai embora sou eu Pobre Pai banhado em prantos O seu desgosto foi tanto Que o pobre velho morreu Meu mestre é Deus nas alturas O mundo é meu colégio Eu sei criticar cantando Deus me deu o privilégio Mato a cobra e mostro pau E mato e não apedrejo Dragão de sete cabeças Também mato e não aleijo Estamos no fim do respeito Mundo velho não tem jeito A vaca já foi pro brejo