Meu pai um dia me fazia moço e me levando para camperear Assoviava qualquer coisa doce como se fosse de luz de luar Aquela copla que não era um hino e era simples e era só sua Ia amansando nossa vida adulta ia amansando duas almas puras (A copla terna que meu pai trazia Não transcendia para alguém mais ver Era a essência do lugar da arte Em si mesmado no seu próprio ser Não se achegava ao de redor do fogo Nem vinha junto pro galpão da estância Era parceira apenas campo afora Só sem querer me acalentava a infância) Hoje a lo largo na cidade grande quando vagueio a procurar por mim Me dou de conta assoviando a esmo e me interrompo sem chegar ao fim A minha copla de assoviar solito tropeando ruas numa relembrança É aquela mesma que meu pai trazia que estranhamente me deixou de herança