Já faz quase dois meses Que eu não saio da estância Talvez por isso essa ânsia De rever a minha amada E esta chuva guasqueada Vem despertar minhas lembranças. Me bate a nostalgia A noite fica mais fria Me invade a solidão Sinto a falta dos teus braços Aguentando os tironaços Do pulsar do coração. "Por isso quando chove aqui na estância A água molha a distância E a mágoa molha o meu rosto E quando longe daquela flor Até o vento payador Compõe rimas de desgosto." (Int.:) O mate já está lavado A chuva é gelo nos campos Dos galos não ouço o canto São mais frias as madrugadas Distante da prenda amada Rainha dos meus encantos. E assim fico a pensar Se algum dia eu me casar Com aquela linda flor Quero lhe dar meu carinho E fazer do meu ranchinho O nosso ninho de amor. "Por isso quando chove aqui na estância A água molha a distância E a mágoa molha o meu rosto E quando longe daquela flor Até o vento payador Compõe rimas de desgosto." De desgosto... 2x