A mansidão do rebenque No inverso de sua intenção Me deu ponchada de coplas No sumo das campereadas Pra arrematar despacito Junto ao calor dos tições Meu laço tem doze braças E meu braço tem também Prolonga o que movimenta E vai muito mais além Pescando o que não se enquadra Ao juntar o que quero bem No galpãozito quinchado No serão da inverneira Debulhando um milho bueno Pra ração da bicharada Escutei calçando espora Os “garrão” da alma penada Meu redomão cor de ouro Crinudo a moda antiga Já dispensei a rendilha Porque afirmou a cabeça Já nasceu doce de boca Tal o sumo da querência Recorro os campos dobrados Que agradam minhas vistas Coplando coisas antigas Que pra mim, verdades puras Ensinam o caminho certo Pelos sinuêlos da vida Difícil olhar este mundo Pra quem nasceu a cavalo Pra quem viu carreta e boi Lavração, banho de gado Melhor é fazer de conta Que o tempo ainda é passado O taperal lá do fundo Tem dia que hay murmúrios Gente mateando na sombra Dos sinamômos floridos Como fizesse ainda parte Da natureza dos vivos No arremate da trança Que galponeei despacito Trança pátria doze tentos Preparo de usar domingo Mas não tem mais nem carreira Jogo de osso e bolicho Despacio vou recorrendo Batendo mango na bota As reboleiras, capões Pajonal, várzeas e grotas Coplando versos gaúchos A moda Balbino da Rocha Pajador é que fui eu Na noite fria, invernosa Nas brasas da corunilha Guitarroneando estas coplas Pra um amigo dos buenos Cantar quando eu for embora Para um amigo dos buenos Cantar quando eu for embora