Sou vento de leste oeste do sul e do norte O pó do tempo me veste um arco de estrelas de Oxossi Sou vento da cachoeira sou brisa da maré vazante Sou vento da luz celeste do sempre, do agora e do antes Escondidinho, quietinho em seu canto o amor passarinho Não se sente sem vôo não tem bico sem piar Não tem penas seu sonho não tem ninho seu pouso Já não sou se não ouso e me abro e me lanço no ar Varrendo o quintal, sacudindo o varal Fazendo dançar capim, sem ventar o que será de mim