Se de lágrimas cubro O meu rosto de artista É que a alma lavada Te quero mostrar Já não há mais aplauso Delírio ou poesia Por detrás da cortina Que vai levantar E me tranco no espaço Me fecho no camarim Remoendo as lembranças E a dor que há em mim Quando uma força me mostra Que não posso parar Acender novamente a ribalta e cantar Sempre há de haver um aplauso Quando uma luz se acender Nunca um artista se cala Imortal tem de ser.