E é pra lá, pra o lado da fronteira Que minha alma faceira se vai Num canto campeiro. Pra sonhar quase não me custa nada Se uma guitarreada ponteada Me convida a fogonear. Sabe Deus, quanta prece, quanto pranto Da tristeza do meu canto Por estar longe do pago. Sabe Deus, que um gaúcho desgarrado, Da querência do seu rancho Tem o coração golpeado. E é por isso que as guitarras Entristecem e me emudecem Os cantores. Mate amores Que coisa pouca Quando toca só por dar. Uma existência. Com saudade da querência Com saudade da querência.