Quem a ti negou fere os dedos nessa viola Desencantado, sente a mesma dor Que em ti morou a vida afora Quem de ti zombou traz no rosto a mesma mágoa Abandonado, sente o mesmo amor Que em ti custou a ir embora A carícia dessa toada Molha os olhos sem querer A saudade me aflora O que faço pra conter Quando a vida joguei fora Pensei outra vida ter Parto com meu verso agora Cravo a espora no alazão E, sabe deus... Hoje, quem por ti sufoca Ainda ontem, despertou teu bem-querer