O meu berço de Madeira Por mãos do povo talhado Talhou também a maneira Como sinto e canto o fado Mãos do povo me embalaram Doces mãos de minha mãe Das saudades que deixaram Canto a saudade também Mãos do povo despertaram Em mim, o primeiro amor E quando me abandonaram Cantei a primeira dor Mãos do povo inventaram A guitarra por paixão Talvez por isso a criaram Em forma de coração Refuto pois para mim O chamado estilo novo Cantarei até ao fim O fado que herdei do povo