Pensando sobre a história de um rapaz, que se perdeu da razão num canto Que rondava os velhos trilhos do metrô, onde o Sol o deixou aos lobos Dizia que é como se o tempo do mundo varresse um segundo em dois Que é como se o Sol que ele sente queimasse sem que se brotasse uma flor Dizia sorrindo pra Lua que os versos da vida são feitos de dor E se perdia em longas estradas marcadas de perdas que Deus lhe tirou E se perguntava aonde vai parar Seguindo com as pernas contramão, numa estrada de fé e lama Pairando entre a cidade e o céu, realidade e o véu do sonho E se pegava vagando sozinho no escuro, num túnel sob a construção Vagando sentindo e dançando com as flores num canto sobre redenção Sentado nas pedras, parado, julgado por não conseguir mais viver Entregue aos braços da terra, pensando, diz que é pra tentar se entender Se perguntando aonde vai parar Pensando sobre a história de um rapaz que se perdeu numa canção