Te bendigo, maçanilha Flor campeira do rincão Que tua beleza tão singela Pealou meu coração Não sei se por delicada Ou pelo aroma que exala Mas é tua cantiga que embala A alma deste peão Eu sei que “sim”, maçanilha É o que, nos lábios, carregas Pra toda vez que te peço E um “talvez” tu me entregas E quando alcanço um carinho Ao teu semblante florido Tens um receio – ferido – Mas, teu olhar, nunca nega Maçanilha, alma de campo Tua beleza, linda flor Me leva sempre de tiro No laço do teu amor Cinchado na tua vontade Cabresteio bem costeado Que tu já tens enfrenado A alma do teu cantor Sei que choras, maçanilha Sempre que me afasto de ti E se te busco pra minha volta Entendo que não te perdi Teu amor e bem querer Me aguardam no teu abraço Pra curar esse cansaço E me esquecer de partir Por onde ande, maçanilha - Com teu aroma no lenço - Em cada tropa que levo Nas curvas do pampa imenso Percebo a minha verdade De ser só teu meu carinho E a repisar meu caminho Pra o teu amor, me convenço