Lençóis bagunçados se enrolavam Manchados de seus anos de abuso No frio que assolava seus abraços E nada os rodeava, eles não reclamavam Já fazia eras que nenhum gosto passava Por seus olhos acinzentados Num mundo de dor, que ele mesmo criou Diria ele, se sobrasse voz O que dizer sem que o medo os abafasse Hoje ele iria aonde ninguém o acharia Pra que ninguém soubesse do que nunca foi Pra que ninguém soubesse do que nunca será