Olhe meu amigo não teve outro jeito Já nasceu comigo dentro do meu peito E trato com carinho do meu dom divino Por esse instrumento eu sou fascinado Se penso em viola e no seu pontiado Fico emocionado desde menino Ouvindo vovó e meus tios tocando Minha doce infância fico recordando Quantas cantorias cresci assistindo Ao lembrar agora depois de homem feito Pego na viola e abraço do meu jeito Como que acordando de um sonho lindo Pra ser cantador e pré destinado O sangue caipira corre em minhas veias O meu cantar é firme e a voz não bambeia E meus dedos ponteiam em compasso marcado Minha inclinação surgiu eu era menino Cantava moda de viola e a voz parecia um sino Moda de pouca importância eu transformava no hino Foi assim que me tornei um cantador jenuino Hoje canto pro povão de alma e coração Essa minha profissão é um presente divino Oi minha florzinha branca do talinho amarelo Quem beijar você so eu a luz do sol e o cuitelo Esse seu sorriso lindo deixa seu rosto mais belo De você tenho ciume o ciúme é um fragelo Para cair no seus braços corro mais que o barriquelo Não nego minha raiz sou caipira sou feliz No sangue eu trago guardado o dna do sertão Cresci escutando modo de viola e violão Carrego essa bandeira não escondo essa paixão Me cretique quem quiser viola é pra quem quer Carrego ela no peito enfrento o que vier Acompanhado da sorte vou repicando o pagode O sol nasceu para todos mas a sombra é pra quem pode