Se a minha vista arcançasse Onde o pensamento vai Talvez não sofresse tanto Por não ver Minas Gerais Nunca mais, minha Araponga Escutei cantar nas mata Pra mineira que eu adoro Eu nunca mais fiz serenata Quero meu pai e mãe, abraçar Ouvir o sabiá cantador Nas campina, o perfume das flor Lá da serra, ver o Sol raiar Quero ver o meu céu estrelado E o clarão que a Lua faz Ver meu amor, que felicidade, quanta saudade Oi, Minas Gerais, oi, Minas Gerais No meio da mulherada Nóis faiz um forróbodó Nóis paquera pra namora E pra beijá nóis é os mió Chamaro nóis dois de feio E que estamos fora de moda No braço dessa viola O nosso batidão é foda A mulherada suspira E acende o desejo Que nóis é bão de abraço Porque nós é bão de abraço Bão de cama, bão de beijo No meio da mulherada Nóis faiz um forróbodó Nóis paquera pra namora E pra beijá nóis é os mió Viola minha viola nós estamos em perigo Querem destruir você querendo acabar comigo A guerra está declarada mas a vitória eu consigo Quanto mais perto da morte mais bonito ainda eu brigo Berranteiro está avisando peão platéia e tropeiro Que vai começar a festa do peão de boiadeiro Um peão já está na cela esticando a estribeira Ergueu a mão para o céu mandou abrir a porteira Eu resolvi enfrentar o inimigo que me ataca Vou fazer minha justiça sem revolver e sem faca Tirei o leite da onça vou tirar o leite da vaca Cobri o Sol com peneira, bebi pinga a noite inteira e não fiquei de ressaca