Juntem-se amigos e escutem minha voz Sou mais um contrariado nesse mundo tão feroz Vi as pessoas morrendo e lutando em vão Esperando por aquilo que jamais receberão O que é virtude quando tudo é premeditado? Quando a luz no fim do túnel é um trem desgovernado? Mas com isso não pretendo já dizer o que não sei Aprendi o bastante, um messias não serei Um ódio muito grande encontrei na desigualdade Foi a minha alma inquieta cheia de ingenuidade O que sei é que preciso enxergar o que não vejo Assassinar o meu orgulho e a vaidade no meu desejo Porque é muito fácil mesmo repetir o que alguém Envenenado por bondade inventou pro nosso bem E ontem eu sonhava, hoje eu vejo gente morta O realismo é tão grande que o coração não suporta Se eu sou mais um robô, eu não sei, sinceramente Ainda amo e respiro e vivo como toda a gente Continuarei com a angústia, a impotência e o desagrado Prometi a mim mesmo: Não serei jamais usado Já me senti manipulado contra toda a razão Quando a desgraça surge não me vem outra visão O homem bom e o homem mal são fantasias que criei E altruísmo é uma palavra tão sem nome quanto lei