Todo dia é sempre igual, eu tratado como animal Sobrevivendo de migalha e os canalhas no capital Desde as fugas no matagal, até a atual selva de pedra A riqueza é roubada da raça que habita as "quebra" E aqui sou só mais um, nesse circulo vicioso Acordar quatro da manha, cansado, "num" estresse "cabuloso" Fazendo papel de Bozo em dobro eu sou humilhado Naquela merda de trampo e antes no "buso" lotado Totalmente esgotado antes mesmo de exercer Essa droga de profissão que nunca foi o que eu quis ser Antes mesmo de eu crescer e virar homem eu fui pai Em relação a minha família a disciplina é samurai E o patrão aqui diz: "vai, não volte mais pra trabalhar" Fui demitido porque antes de chegar parei "num" bar Pra mim, só com uma dose pra aguentar essa rotina Que agora fez eu perder o sustento da minha menina (e fodeu) Não se entregar Por favor, Pelo amor E agora fudeu, porque antes dela era só eu Pra sustentar, me preocupar, sentir o golpe que a vida deu E não deu pra segurar, tive que voltar lá pro bar Com todas as desilusões e frustrações vou me afogar Sou fraco demais pra vida, que vida?! Isso lá é vida?! "Fodido" , eu pulei no abismo e agora não tem saída Imagina o olhar da minha filha pedindo e eu sem condição De atender o seu pedido, com aperto no coração E a demissão é só a ponta do iceberg e a ponta d'água Pro vício assumir o controle do que eu nunca controlava E eu sei, essa porra mata, mas me afasta desse mundo Mas depois com a ressaca eu volto a lembrar de tudo E eu "tô" vendo eu perdendo tudo pra uma fuga de momento Gastando o resto da grana sem nenhum arrependimento Fora da sanidade, mais louco que o homem morcego "Tô" "fodendo" com a minha vida e com a bebida não percebo Olho em volta não vejo nada, na estrada agora eu to só Minha esposa me abandonou, não aguentou os meus "B. O." A "treta" ontem foi "foda" , vários laços "foi" quebrado Cheguei de madrugada, sem nada e embriagado Fui expulso da própria casa, o nada é tudo que tenho Além dessa garrafa de cachaça e um desenho Que minha filha me deu pouco antes de eu ir embora Pedindo pra eu ficar, só de lembrar minha alma chora E eu bebo só mais um gole que é o último pra um começo A calçada e garrafa talvez seja o que eu mereço Por ser fraco e me entregar e entregar tudo que eu tinha É "foda" , eu lutava e nada, o retorno não vinha E agora minha alma chora, meu peito inunda de dor O vício me mantém vivo, preciso me recompor Mais um gole e outro gole, minha vida é desprezível E vai virar mais uma história pro "Sp Invisível"