Mãe, como é que cê anda mãe? É que já faz um tempo que eu não vou em casa E aqui eu não me sinto em casa Mãe, tá tão complicado mãe Cê me chamava rei quando eu tava contigo E aqui falaram que eu tenho a cor do bandido Te roubaram o ouro, a prata, os filhos E eu sou que fora da lei? Me roubaram a memória a honra e a história Mas a gente escreve outra vez Eu sou filho de Gandhi, do gueto, do funk Do povo zullu e malês Sou do rap, do samba, e se tem ginga, foi preto que fez Mãe, mãe África Brota no coração o orgulho da cor Me da tua força, me da teu amor Mãe, mãe África Chegou a hora, acorda o teu filho Trás a gente de volta pra tribo Eu fui conhecer nosso passado, irmão Nem te falo o que eu encontrei, adivinha? Somos descendentes de escravos? Não! Somos descendentes de reis e rainhas Bora, já tá na hora, volta pra casa Na escola a nossa história não foi contada Aqui não vingou, sistema opressor Só torce pro preto que for jogador Falam de você mas só falam de miséria Não falam da riqueza da Nigéria Falam que racismo é vitimismo e tal Mas não é o pescoço deles embaixo do joelho do policial Fácil elogiar quem atira Quando não é você quem tá na mira O problema deles é que minha pomba gira O problema deles é quando minha pomba gira, e vira Te roubaram o ouro, a prata, os filhos E eu sou que fora da lei? Me roubaram a memória a honra e a história Mas a gente escreve outra vez Eu sou filho de Gandhi, do gueto, do funk Do povo zullu e malês Sou do rap, do samba, e se tem ginga, foi preto que fez Mãe, mãe África Brota no coração o orgulho da cor Me da tua força, me da teu amor Mãe, mãe África Chegou a hora, acorda o teu filho Trás a gente de volta pra tribo Mãe, mãe África Brota no coração o orgulho da cor Me da tua força, me da teu amor Mãe, mãe África Chegou a hora, acorda o teu filho Trás a gente de volta pra tribo