Tanto tempo já passou Que eu voltei pra Ouro Fino Sem querer me recordei Daquele meigo menino Já não existe a porteira Nem tão pouco o estradão Só guardei o meu berrante Do menino o semblante Que eu trago no coração Por incrível que pareça Como força do destino Ainda morava ali A velha mãe do menino Quando a velhinha me viu Logo me reconheceu Chorou de felicidade Abraçou-me de verdade Lembrou do que aconteceu A poeira da estrada Não levanta como outrora Onde passei tantas vezes Com fé em Nossa Senhora Hoje coberta de asfalto A estrada se transforma Só que lá permaneceu A cruzinha do adeus Do menino dessa história