Eram ilusões de passarinhos Todos alegres a cantar Eram ilusões de borboletas Pedindo a Deus pra que a primavera não se consumasse Mas a primavera teve seu começo e seu fim Naquela manhã de rosas e jasmins Eu vi nuvens a planar Sobre os campos que correndo vou pisar Para procurar onde estão As flores mudas no meu porão Vou findar a estrada a pé Fazendo distancia das lembranças Ou ofertar a outra mão comovida De prantos dos desencantos Minhas rotas pedidas já sonham com o retorno A sombra de um vulto, vi passar de novo No caminho que vai meu coração… Que então me cortem os lírios Regue, as areias com sal E tudo de novo A escuridão leva para longe, ao longe, o coração E da paisagem ao redor, do esquecimento desses arrebóis Eu deixo os jardins de araçás Para procurar onde estão As flores mudas do meu porão