Ao tranco com seu bragado vai o negro pela estrada No corredor da estância seguia sentido as casa Com seus arreio judiado e o pingo de boca atada Seu chapéuzito tapeado com a copa meio empoeirada Com seu lenço a meia espalda e sua bombacha remendada Vinha cansado da lida voltando de uma tropiada Com uma saudade imensa de rever sua namorada Numa curva da estrada seu bragado ainda manhoso Se assustou de uma perdiz e logo arrastou o toso Se foi longe corcoviando com cisma de redomão Querendo pisar o paizano e faze lo beijar o chão Mas o negro era ginetasso deu lhe uma tunda de laço Fez o potro corta o rastro e de novo largo num trotão Chegando em frente ao rancho apiou abriu a cancela E colheu uma flor do campo pra dar de presente a ela Que lhe esperava faceira com um sorriso a ló largo Deu lhe um beijo bem doce e um abraço apertado Ofereçeu lhe um mate e tambien um gole de trago Ele disse graçias minha prenda Tu és a florzita morena mas linda deste meu pago Aceite esta flor que lhe trago colhida com muito carinho Quando vinha tropiando sozinho proseando com meu bragado