Olha, eu nunca judiei, sempre fui do respeito Sempre cuidei de quem me amou Olha, é difícil falar, minha voz embargou Só porque eu chorei hoje até me cansar Olha, essa situação Mil confetes no chão E nenhum carnaval Foi, meu destino final Quando você surtou, minhas roupas jogou E me chamou de animal Jogado na rua com mala no chão No dedo um anel e um filhote de cão Dois pares de meia e um velho colchão Jamais sonharia tal situação Logo um orvalho caiu Acordei era dia Não pensei que dormia E o meu cão com lambidos me cumprimentava De um sonho ofegante, o meu cão tão fiel e com ar de gigante Hoje É quem me salvava