Quando criança gostava de coisas simples Amarelinha, suspiros, bambolê E dos almoços de domingo sem fim Recheados de batatas, fados e alecrim Não pensava em ser artista Tão pouco queria não ser Até que um disco mudou tudo Demorei anos pra entender Que eu tenho o canto como o ar Sem ele não dá pra respirar Sem ele não dá pra viver Crio melodias para revelar O que as palavras insistem em me contar Histórias vividas ou inventadas Canções para me libertar O meu canto é festa Meu canto é paz Meu canto é ar Na minha voz cabe o mundo inteiro pra cantar