Quando abre a cortina avermelhada As luzes da ribalta é uma visão No cenário o drama desta vida No palco vem a cena da ilusão Depois que ilumina o picadeiro Vem o palhaço a cumprir sua missão Cara pintada escondendo a sua mágoa Às vez chorando faz sorrir a multidão Todo aqueles que entra na arena Sua alegria trocando pelo pão Traz na alma a dor que os condena E sorrindo quando chora o coração Onde mora na barraca pobrezinha Às vez a fome ronda em sua porta Abraçado numa rede pequenina Na agonia sua filha quase morta Entra o palhaço cantando Levando esta dor na consciência No camarim cansado de chorar No picadeiro sorrindo pra assistência Gargalha palhaço, gargalha Que ao mundo tu veio com esta sorte Terás o circo inteiro por mortalha Quando vier buscar-te a fria morte